Erasmo Mäder foi um dos fundadores do Atlético, ao lado de seu irmão Candido Mäder, o Candinho. Os dois eram do Internacional e participaram do momento em que o clube se fundiu com o América para originar o Atlético em 1924. Mesmo ainda muito jovem (21 anos), participou da primeira diretoria eleita do Atlético, exercendo a função de segundo tesoureiro.
Oriundo de família tradicional e rica, Erasmo foi um grande atleticano. Era mais sereno que o irmão mais velho, mas igualmente devotado à causa rubro-negra. Era filho do Coronel Nicolau Mäder e de Francisca da Costa Mäder, donos de uma grande empresa de erva-mate, principal produto agrícola do Paraná no início do século XX. Além de Candido, outro irmão seu teve destaque na vida paranaense: Odilon Mäder, que foi presidente da Câmara Municipal de Curitiba.
Erasmo Mäder nasceu em Rio Negro a 28 de dezembro de 1903 e desde muito cedo começou a participar da diretoria do Atlético, logo que voltou dos estudos em São Paulo. Foi vice-presidente do Capitão Manoel Aranha e um dos mais importantes colaboradores para sua vitoriosa gestão, na qual foram conquistados os títulos paranaenses de 1943 e 1945.
Em janeiro de 1946, com a renúncia de Aranha, assumiu provisoriamente a presidência até a convocação de novas eleições. Um dos primeiros atos de sua gestão interina foi a transferência da sede social do Atlético para a Rua XV de Novembro, onde foi o “centro decisório” do rubro-negro por muitos anos.
No início de fevereiro, foi eleito para a presidência por um ano, período que restava para completar o mandato de Manoel Aranha. Sob sua gestão, o Atlético fez uma campanha razoável e terminou na terceira colocação, em um dos campeonatos paranaenses mais longos da história.
Erasmo foi ainda tesoureiro e membro do Conselho Deliberativo, além de ter ocupado outras funções na diretoria atleticana. Estava sempre a postos para ajudar o Atlético e era comum oferecer empregos a jogadores na empresa que dirigia juntamente com seu irmão Candido. O funcionário mais ilustre foi o ponta-esquerda Cireno.
Mudou-se para Paranavaí em 1954, onde morou até 1958 e foi titular do primeiro Ofício de Registro de Imóveis da cidade. Voltou a Curitiba, onde novamente participou da diretoria atleticana.
Em dezembro de 1961, com a renúncia de Carlos Zehnpfennig, voltou a assumir a presidência do Atlético por um breve período, desta vez formando um triunvirato de ex-presidentes com Sylseu Pereira Alves e Laurival Camargo de Mello.
Morreu em Curitiba a 11 de março de 1962, poucos dias antes de poder ver o seu Atlético completar 38 anos de existência. |