Reginaldo foi um dos poucos jogadores que conseguiu atravessar um dos períodos mais difíceis da história do rubro-negro para um momento de muitas glórias e alegrias. Nascido no interior do estado, ele chegou à Baixada em 1992, com 21 anos. Já tinha passado pelas categorias de base do Coritiba e pelo Paranavaí.
Porém, no rubro-negro é que ele encontrou seu lugar. Com seu estilo firme e muita raça, conquistou o carinho da torcida atleticana, tão carente de ídolos. É raro um zagueiro se tornar querido pelos torcedores, mas Reginaldo conseguiu. Era o jogador mais procurado pelos fãs e cujo nome era o mais ovacionado antes dos jogos. Como o Atlético não passava por um bom momento, logo se tornou o principal jogador do time. Recebeu propostas do futebol alemão e de clubes paulistas, mas o Atlético relutou em liberá-lo. Finalmente, foi emprestado ao Guarani em 1993.
O Bugre fez uma bela campanha no Campeonato Brasileiro e revelou jogadores como Amoroso e Luizão. Porém, Reginaldo foi mal aproveitado e chegou a jogar algumas partidas como lateral-esquerda. Diante disso, retornou ao Atlético em 1994. No ano seguinte, deu uma das maiores provas de amor à camisa rubro-negra. Em um clássico contra o Paraná Clube, no Estádio Pinheirão, sofreu uma lesão gravíssima ao esticar a perna para evitar um gol paranista. A bola já havia passado pelo goleiro atleticano quando Reginaldo, dando todo seu esforço, chegou a tempo para salvar. Em conseqüência disso, ficou mais de seis meses afastado do gramado.
Graças a essa lesão, não participou da vitoriosa conquista do Brasileiro da Série B. Não participou dentro de campo, mas esteve presente como torcedor. Assistiu a todos os jogos no Estádio da Baixada, muitas vezes com o pé engessado e de muletas, novamente se sacrificando pelo time do coração.
No ano seguinte, recuperado, participou da bela campanha no Brasileirão da Série A. Foi efetivado como capitão do time e seu apelido "Cachorrão" se popularizou entre a torcida. Em 99, foi decisivo na conquista da Seletiva e no ano seguinte participou da Libertadores da América e da conquista do Campeonato Paranaense.
Era um zagueiro extremamente rápido e persistente. Raramente perdia uma disputa, pois seu tempo de recuperação era muito curto. Assim, o atacante podia dribá-lo uma vez, mas não teria muito espaço, pois logo Reginaldo já estaria a sua frente novamente.
No início de 2001, foi negociado com o São Paulo e passou pelo futebol chinês antes de acertar com o Bahia. |