Ele começou a jogar futebol nas areias das praias de Salvador. Não foi preciso muito tempo para que olheiros percebessem o seu talento e o levassem para um clube profissional. O primeiro a contar com os gols de Oséas foi o Galícia, onde o atacante ficou um curto período, rumando para o Maruinense. Na equipe sergipana, adotou o visual que o tornaria famoso nacionalmente anos mais tarde: copiando um zagueiro do time, passou a cultivar cachinhos. Mas foi seu futebol que chamou a atenção de empresários espanhóis, que o convenceram a ir tentar a sorte na Europa.
Aos 22 anos, rumou para a Espanha. No Pontevedra, conquistou seu primeiro título, a terceira divisão espanhola. Antes de chegar ao Atlético, ele ainda teve uma pequena passagem pelo Uberlândia, e foi lá que dirigentes atleticanos descobriram seu futebol. Antonio Carletto Sobrinho e José Carlos Farinhaque participaram da negociação, que contou com total aprovação de Borba Filho, ex-técnico atleticano e que havia trabalhado com Oséas.
Técnico e veloz, além de excelente cabeceador, Oséas desembarcou na antiga Baixada em agosto de 1995. Ainda muito tímido, apresentava-se como "Oseinha da Bahia", causando desconfiança nos torcedores. Porém, não tardou muito a mostrar suas qualidades. Quando Paulo Rink foi efetivado no time titular, durante o Campeonato Brasileiro da Série B, encontrou seu parceiro ideal. Apesar de serem de origens distintas, os dois formaram uma dupla perfeita. Eram dois atacantes altos, fortes e habilidosos e que ainda por cima sabiam fazer gols. Aquele time resgatou o orgulho atleticano e Oséas e Rink foram projetados a ídolos de uma nação. De quebra, Oséas foi ainda o artilheiro da Série B, com 14 gols, e foi decisivo para a conquista do título. Sua relação com a torcida foi tão boa que a diretoria do clube chegou a lançar um boné que tinha os famosos "cachinhos" de Oséas, o "Gullit da Baixada".
Após o campeonato, Oséas e Paulo Rink tornaram-se os jogadores mais visados do Atlético. Porém, o presidente Mário Celso Petraglia fez jogo duro e se recusou a negociá-los tão cedo. A atitude mostrou-se acertada quando, em 1996, Oséas fez um brilhante Campeonato Brasileiro. Seus gols e atuações lhe valeram a convocação para três amistosos da Seleção Brasileira. Depois de alguns anos, o Atlético cedia novamente um jogador para a Seleção.
No ano seguinte, Oséas foi negociado com o Palmeiras por uma quantia jamais vista no futebol paranaense até então. Foi lá que o atacante conquistou seus maiores títulos, nacionais e internacionais, e onde permaneceu por mais dois anos, de 1997 a 99. Jogou ainda pelo Cruzeiro, Santos, Vissel Kobe, Internacional, Albirex Niigata e Brasiliense.
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