Falar sobre a conquista do título nacional em 2001 é falar de Alex Mineiro. O herói atleticano, que só nas últimas quatro partidas fez oito gols decisivos, foi o responsável direto pela conquista da tão esperada estrela dourada. Não bastasse isso, marcou 17 gols na competição, mostrando muita raça e dedicação nas partidas decisivas.
Alex nasceu em Belo Horizonte e começou sua carreira no América. Destacou-se a ponto de despertar o interesse da dupla Cruzeiro e Atlético. A Raposa levou a melhor e Alex trocou de ares. Apesar de ter conquistado o título da Taça Libertadores da América, o atacante não estourou como era esperado. Em razão disso, passou a representar moeda de troca para o Cruzeiro. Sempre que o clube tinha interesse em algum jogador de destaque, oferecia o empréstimo de Alex Mineiro.
E foi assim que ele passou - e marcou gols - por Vitória, Bahia e União Barbarense. Voltou ao Cruzeiro novamente no final de 2000 e esperava ser finalmente aproveitado. Mas o clube era treinado por Luís Felipe Scolari, que estava de olho no volante Marcus Vinícius, do Atlético. Em princípio, o Rubro-Negro pediu os meias Paulo Isidoro e Donizete Amorim e mais uma quantia em dinheiro. O negócio foi fechado, mas quase fracassou quando se constatou uma grave lesão em Paulo Isidoro.
Tentando salvar a transação, o Cruzeiro ofereceu Alex. Foi a sorte do atacante e da torcida atleticana. No início, ele chegou a ser cobrado pela torcida, que não esquecia do bom futebol de Marcão. Porém, com um pouco de paciência, Alex foi mostrando um bom futebol e ganhou a confiança do então técnico Paulo César Carpeggiani, precursor do esquema 3-5-2 no Rubro-Negro.
No mesmo ano, sob o comando do técnico Flávio Lopes, o eterno atacante atleticano fez dupla com Kléber, com quem trilhou o caminho para o bicampeonato paranaense. Já no segundo semestre, o técnico Mário Sérgio assumiu a equipe e deu mais liberdade aos atacantes. Porém, como o time não rendeu em campo, o comandante foi demitido, dando lugar a Geninho. Foi então que os resultados começaram a reaparecer e a estrela de Alex começou a brilhar. Assim, o Furacão engrenou e ninguém o deteve. Assim como ninguém deteve Alex Mineiro, que começou a escrever a história do seu primeiro título brasileiro.
Na primeira partida da decisão do Campeonato Brasileiro de 2001, o atacante marcou três dos quatro gols que da vitória por 4 a 2, que deu a vantagem para o triunfo atleticano. Já na final, Alex assinalou o único gol do jogo, aos 21 minutos do segundo tempo, diante do São Caetano. Assim, tornou-se artilheiro do time na competição, ao lado de Kléber, ambos com 17 gols. Tal brilhantismo lhe rendeu a Bola de Ouro, como melhor jogador da competição, eleito pela Revista Placar.
Já em 2002, Alex não foi muito feliz no Rubro-Negro. Devido a uma pubalgia, ficou três meses no departamento médico. O atacante até chegou a retornar em algumas partidas na Copa dos Campeões, mas o problema voltou a incomodar. Alex não conseguiu repetir o mesmo sucesso de 2001.
Foi negociado por empréstimo
com o Tigres, do México, no início
de 2003, onde voltou a formar dupla com
Kléber. Não se adaptou e voltou
ao Atlético na metade do Brasileirão,
ajudando a recuperar o time na competição.
Depois, foi emprestado ao Atlético
Mineiro e ao Kashima Antlers.
Alex Mineiro foi eleito para integrar a Seleção dos 80 Anos do Atlético.