1982

Fim do sofrimento

“Quem sabe numa próxima primavera, quando as flores amarelas tornarem a brotar nos galhos dos ipês da Praça Tiradentes, não se poderá sair na rua de cabeça erguida, sem medo de encontrar um coxa no caminho.”

Esse trecho da revista Placar de setembro de 1980, descrevia bem o delicado momento pelo qual passava o Furacão. Ainda desnorteado pela brilhante década vivida pelo maior rival e sem engolir o fato de ter perdido o título de 1978, o Atlético capengou durante os anos seguintes. Chegou a disputar o Torneio da Morte em 1980, escapando da segunda divisão.

Com a eleição do então jovem presidente Onaireves Moura e com o comando do futebol a cargo do não menos jovem João de Oliveira Franco Neto, o Atlético ia a luta. Primeiramente, trouxeram o experiente supervisor Hélio Alves, o “bruxo” e técnico Geraldo Damasceno, o Geraldino, campeão paranaense pelo Atlético em 1958. O Atlético foi às compras e acabou tendo sorte, como por exemplo na venda do lateral Augusto para o Internacional. Como contrapeso na negociação, veio a dupla Washington e Assis e com o dinheiro restante, contratou-se o polivalente Deti.

Ao longo dos três turnos, o Atlético liderou a competição. Foi uma campanha irrepreensível, com o time chegando a ficar por 26 partidas invicto. O ataque foi o melhor da competição, marcou 70 gols e a defesa, com 25 tentos sofridos foi a menos vazada. A vitória na última rodada do terceiro turno sobre o Colorado, eliminou a realização do quadrangular final, premiando a melhor equipe do ano e uma torcida que não agüentava mais dentro de si o grito de É CAMPEÃO, entalado há longos e tenebrosos doze anos!

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