Lucas Ele já foi o jogador mais caro do futebol paranaense e o segundo mais caro do Brasil. Lucas Severino era um dos vértices do “quadrado mágico” atleticano, ao lado de Adriano, Kléber e Kelly. Chegou no Atlético em 1998, junto com o zagueiro Gustavo e o volante Cocito. Vieram do Botafogo de Ribeirão Preto dispostos a se firmar num clube com grande torcida. E não demorou muito para que Lucas se transformasse na principal referência do ataque rubro-negro. Sua estréia no profissional do Furacão foi no jogo da entrega das faixas de campeão paranaense de 1998, contra o Flamengo. Mas foi contra o Guarani, na Vila Capanema, que o torcedor pôde ver o artilheiro em ação: marcou seu primeiro gol com a camisa atleticana, na vitória por 4 a 1. Mesmo assim custou para garantir um lugar no ataque rubro-negro, que naquela época era formado por Tuta e Warley. No ano seguinte, viveu o que considera até hoje "o auge da carreira". Primeiro com a marcação de um gol histórico. No dia 24 de junho, na inauguração da Arena, coube a Lucas balançar pela primeira vez as redes do novo estádio: o lateral Luisinho Netto cruzou a bola da direita e encontrou Lucas bem colocado, que, de cabeça, marcou o primeiro gol da nova Baixada. Depois, garantiu a condição de titular absoluto, sob o comando do técnico Vadão, que instituiu no time o quadrado mágico que encantou o torcedor, com rápidos e eficientes toques de bola. Mas o ano de glórias não parou por aí. Foi um dos principais nomes do time atleticano no Campeonato Brasileiro de 1999 e teve participação decisiva durante o Torneio Seletivo, quando foi o artilheiro do Atlético na competição com cinco gols que ajudaram a garantir a ida do Furacão, pela primeira vez na história, à Taça Libertadores da América. Seu jogo mais importante foi a primeira partida da final, contra o Cruzeiro. Lucas marcou os três gols da vitória por 3 a 0. Pronto, Lucas já estava incluído no seleto rol dos principais jogadores da história do clube. E os lucros começaram a aparecer. Ao lado de Adriano, foi convocado para o Torneio Pré-Olímpico, ajudando o Brasil a conquistar a competição. Com a camisa atleticana, Lucas foi ainda mais longe. Ajudou o Atlético a fazer a melhor campanha entre as 32 equipes na primeira fase da Taça Libertadores 2000, marcando três gols e enaltecendo o nome do clube no cenário internacional. E, de quebra, disputou as Olimpíadas de Sidney pela Seleção Brasileira. Sua história no Atlético terminou com vitória. Foi peça importante na conquista do Paranaense 2000, o primeiro título atleticano dentro da moderna Arena. Estava consolidada uma carreira de sucesso nas cores rubro-negras. Em dois anos no clube, Lucas marcou 49 gols e se transformou num dos maiores xodós da torcida atleticana. No segundo semestre de 2000, foi vendido para o Rennes, da França. O valor da negociação, US$ 21 milhões de dólares, foi a maior transação da história do futebol paranaense e a segunda maior do Brasil até então. Atualmente, Lucas está se aventurando no futebol japonês. Ao lado do ex-atleticano Kelly, defende o FC Tokyo. Antes disso, jogou pelo Cruzeiro e Corinthians. Mas, mesmo assim, sente falta do tempo que vestia as cores rubro-negras: “Tenho saudades dos gols que fiz no Brasil e uma grande saudade dos tempos de Atlético”, confessou.
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