Dagoberto Antes mesmo de completar 20 anos, Dagoberto já era ídolo da torcida atleticana. Uma das grandes promessas do futebol brasileiro, ele foi descoberto pelo olheiro Ticão aos 14 anos e convidado para jogar no infantis do PSTC. Em 2000, foi campeão e artilheiro do Campeonato Paranaense Juvenil, com 25 gols. Transferiu-se para o Atlético em 2001, reforçando a equipe de juniores. No ano seguinte, começou a temporada já como titular. O Atlético estreou com um time misto na Copa Sul-Minas contra o Cruzeiro. A equipe foi derrotada, mas Dagoberto foi considerado o melhor em campo. Daí em diante, foi ganhando seu espaço aos poucos, até cair definitivamente nas graças da torcida. Extremamente habilidoso e criativo, Dagoberto possui características típicas de um ídolo. A começar, tem identificação com as cores do clube, afinal é paranaense e foi forjado nas categorias de base. Além disso, é capaz de protagonizar jogadas geniais, com dribles abusados e arrancadas sensacionais. Por fim, é um atacante goleador e não apenas um criador de jogadas. Na infância, Dagoberto ajudava a família, plantando milho e feijão e, nas horas vagas, disputava as tradicionais peladas de final de semana. Naquela época, o atacante impressionava a todos com suas arrancadas em diagonal rumo ao gol. Foi quando Douglas, o filho mais velho da família Pelentier, em um dia de folga, viu o caçula jogar. Ali foi a grande descoberta: ao contrário do que a família apostava, o craque da família era o filho mais novo. Em 1997, Dagoberto foi convidado por Ticão a realizar testes no PSTC. Uma semana depois, o clube lhe deu uma ficha de filiação. Quatro anos depois, beneficiado pela parceria entre PSTC e Atlético Paranaense, Dagoberto desembarcou no CT do Caju, em Curitiba. Antes, no ano anterior, havia feito furor no Campeonato Paranaense Juvenil, ao marcar 25 gols e se transformar no maior artilheiro da história do torneio. A façanha alavancou a trajetória do atacante no Furacão. Mal chegou e foi chamado pelo técnico Mário Sérgio a integrar o elenco profissional. O técnico seguinte, Geninho, deu seqüência à iniciativa de Mário Sérgio, colocando o atacante para jogar e preocupando-se em não queimá-lo com a torcida. Por isso, o jogador figurava entre os reservas e entrava no decorrer das partidas, para adquirir experiência. Mas o grande momento de Dagoberto foi no Torneio de Toulon, na França, com a Seleção Brasileira. Com apenas 19 anos, foi o principal destaque do time campeão. Seu futebol rápido e ousado, sempre buscando o gol, proporcionou algumas jogadas que encantaram os torcedores. Por diversas vezes, chegou a ser comparado a Zico. Porém, foi em 2002 que Dagoberto explodiu, protagonizando lances de puro brilhantismo. Um deles aconteceu em setembro, quando fez um gol contra o Botafogo que o projetou no cenário nacional, poucos segundos após ter entrado em campo. Porém, com o decorrer da competição, o futebol imprevisível do jogador (e também do time) foi desaparecendo. Dagoberto teve que amargar a despedida do campeonato como um simples coadjuvante, diante da má fase. Já o ano seguinte foi grandioso para o atacante atleticano. Em janeiro, Dagoberto participou do Sul-Americano Sub-20, no Uruguai, no qual o Brasil ficou com o vice-campeonato. Em outubro, disputou os Jogos Pan-Americanos , em Santo Domingo, e ajudou a conquistar a medalha de prata para o futebol brasileiro. Finalmente, em dezembro, Dagoberto foi campeão mundial Sub-20, ao lado do também atleticano Fernandinho. Pelo Atlético, Dagoberto foi um dos destaques no ano, sendo eleito pelos internautas da Furacao.com como o melhor em 2003. Além disso, o atacante terminou o ano como vice-artilheiro da equipe com 12 gols e ficou em terceiro lugar na Bola de Prata da revista Placar. Em janeiro de 2004, Dagoberto participou do Pré-Olímpico, defendendo o Brasil, mas infelizmente não conseguiu ajudar o país a se classificar para as Olimpíadas.
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