Alessandro Quando Alessandro chegou ao Atlético em 2000, Luisinho Netto era o dono da lateral-direita. Artilheiro em Atletibas, o titular havia se firmado na equipe depois de muita luta. Mas a trajetória de seu sucessor não foi diferente. Alessandro também ultrapassou barreiras até conseguir o direito de vestir a camisa 2 atleticana. Fez tanto sucesso que chegou a disputar a Copa América e algumas partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo, em 2001. O começo da carreira deste fluminense foi difícil. Alessandro ajudava a família cortando cana e só treinava quando conseguia algum dinheiro para a condução. Nos momentos difíceis, pensou em desistir do futebol. Só não parou graças aos conselhos da avó, que passou a bancar o dinheiro do ônibus. Apaixonado por futebol, Alessandro persistiu e passou a se dedicar mais ao futebol. Quando se deu conta, estava treinando no Vasco da Gama. Na época, atuava como volante. Foi no Vasco que acabou sendo deslocado para a lateral-direita, posição carente nos juniores. Abandonou o meio e como lateral foi emprestado ao Campo Grande, Mirassol e Ituano. Destacou-se e voltou ao Vasco, mas novamente não teve chances no clube carioca. Acabou indo para o Bangu, onde sua sorte começou a mudar e a crença da avó começou a tornar-se crença também do restante da família. Fazendo uma bela campanha no Campeonato Carioca de 2000, o garoto de 23 anos chamou a atenção dos olheiros atleticanos e, no mesmo ano, desembarcou no CT do Caju. Quando chegou ao clube, era o quarto lateral do elenco, atrás de Luisinho Netto, Rogério Souza e Heverton. Porém, nem isso abalou Alessandro. O jogador só teve uma oportunidade quando o Atlético contratou o técnico Antônio Lopes. Ele conhecia Alessandro dos tempos de Vasco e resolveu apostar no antigo pupilo. Deu certo. Com garra e força de vontade, Alessandro aproveitou a chance e fez partidas maravilhosas na Copa João Havelange de 2000. Quando Antônio Lopes deixou o Atlético para assumir a supervisão da Seleção, o maior sonho de Alessandro se tornou realizado. Ele foi convocado em 2001 para a Copa América e ainda participou de algumas partidas das Eliminatórias para a Copa do Mundo do ano seguinte. Além disso, depois de ser campeão paranaense, também em 2001, conquistou o título mais importante de sua carreira, o Campeonato Brasileiro. Ele foi titular durante toda a campanha e uma das principais armas da equipe. Rápido e habilidoso, Alessandro é um lateral ofensivo. Uma de suas marcas características é o drible-da-vaca, incessantemente aplicado na Arena da Baixada. Muitas vezes, a tentativa do olé acabava em erro, o que valeu algumas críticas ao atleta. Porém, o jogador sente que realizou seu sonho e cumpriu a profissão da avó, que dizia: "Você vai ser titular de um grande clube e vai jogar pela Seleção Brasileira".
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