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Aníbal Requião (1951)

Aníbal Requião foi presidente do Atlético na temporada de 1951. Naquele ano, o time não foi bem e terminou na sétima colocação do Campeonato Paranaense. Nem por isso, Aníbal deixou de entrar para história do clube. Ficou marcado como um dos torcedores mais fanáticos de toda a existência do Atlético, dedicando sua vida em prol da causa rubro-negra.

Aníbal Requião nasceu em Curitiba a 21 de março de 1903. Filho do comerciante Aníbal Requião e de Carlina Correa Requião, ainda na infância começou a se envolver com o futebol. Bimba, como era chamado pelos amigos, jogou pelo Internacional e foi um dos fundadores do clube, ao lado de seu pai. Exatamente no dia do seu aniversário de 21 anos, Internacional e América decidiram pela fusão e marcaram a eleição da primeira diretoria para cinco dias depois.

Assim, Bimba Requião participou dos primeiros times do Atlético e nunca mais deixou o clube. Exerceu diversos cargos na diretoria, mas se destacou como tesoureiro, ajudando nas finanças. A partir do ano de 1929, dedicou-se aos negócios da família, tocando a Papelaria Requião, uma das mais tradicionais da cidade. Ao mesmo tempo, tornou-se fotógrafo e chegou a participar de exposições em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Bimba era baixinho, alegre, simples e brincalhão. Estava sempre alegre e tratava bem a todos, mesmo aqueles que nem conhecia. Só mudava de postura quanto tinha jogo do Atlético. Grudado nos alambrados, sofria, gritava e ficava nervoso com o time.

Depois que deixou a presidência, sempre colaborou com o Atlético, seja com seu esforço pessoal ou com auxílio financeiro, fornecendo inclusive materiais de sua papelaria para ajudar o clube. Trabalhador, era admirado pelos amigos e funcionários. Tinha o hábito de falar pouco e sempre ouvia os interlocutores com a mão na boca, um cacoete que o marcou durante toda a vida.

Uma de suas empreitadas mais importantes para história do Atlético foi a “campanha dos dez mil reis”, através da qual arrecadou dinheiro suficiente para construir a sede administrativa do clube na Rua Buenos Aires.

Sua paixão pela camisa atleticana era tanta que costumava dizer uma frase quando o time entrava em campo: “Pode até perder, mas que é bonito, é bonito”. Foram mais de quarenta anos de intensa dedicação ao Atlético. Aníbal Requião morreu em Curitiba a 7 de dezembro de 1966, dias depois de um clássico Atletiba.


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