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Lauro Rego Barros (1972 e 73)

Um homem que estabeleceu um regime de paz e muita serenidade. Assim foi a gestão do ex-presidente atleticano Lauro Rego Barros, que administrou uma das melhores equipes que o clube já montou, comparável ao Furacão de 1949.

Lauro Rego Barros nasceu a 4 de agosto de 1918, em Curitiba. Aos 22 anos, Lauro se formou em Direito e foi trabalhar como promotor público no interior do Paraná, na cidade de Tibagi. Prestou concursos e trabalhou em Araucária e Rio Negro. Vindo de uma tradicional família atleticana, foi convidado pelo então governador Ney Braga para assumir a Secretaria de Educação. Lauro também administrou a Secretaria de Justiça, posteriormente atuando como diretor de penitenciária. Após o término do mandato de Ney Braga, o então presidente Paulo Pimentel assumiu o governo e manteve Lauro na administração das secretarias. Apesar do modo de trabalhar diferenciado, Lauro trabalhou mais três anos no Estado. Em seguida, assumiu o Tribunal de Contas do Paraná, onde trabalhou com pessoas de grande valor.

Culto, respeitado e simpático, Lauro começou no Atlético jogando pelo time médio, onde atuava como ponta-esquerda. ”Devia ser tão ruim que me colocaram no gol”, conta ele, referindo-se ao fato de atuar, posteriormente, como goleiro, até o ano de 1940. Antes disso, Lauro chegou a jogar pelo Coritiba, já na função, durante pouco mais de um ano. Com o desentendimento de Caju, em 1939, com um dos dirigentes atleticanos, Lauro viu então surgir a sua grande oportunidade, ao substituí-lo. Enquanto isso, a “Majestade do Arco” montou um time chamado “Atlético Extra”, que disputou a 3ª divisão do Campeonato Paranaense, tendo seu irmão, Alberto, como treinador. Naquela época, a maioria dos jogadores eram universitários, estudantes de Medicina.

Já aposentado, Lauro assumiu a presidência do Atlético em 1972, onde já era vice de Rubens Passerino de Moura. Segundo ele, Passerino era muito exaltado, sendo uma pessoa que sempre precisava de alguém perto nas entrevistas. No comando atleticano, Lauro atravessou problemas na administração, principalmente em se tratando das dívidas, que eram cada vez maiores.

Sobre a rivalidade existente entre Atlético e Coritiba, o ex-presidente atleticano lembra que, naquela época, existia muita cordialidade entre os jogadores e dirigentes dos dois clubes. Exemplo disso foi em 1971, quando o Atlético estava participando do Robertão, após a conquista do título de 1970. Para reforçar o plantel atleticano, o clube alviverde chegou a emprestar ao rubro-negro dois bons jogadores: Hermes e Hidalgo. Reforçando a cordialidade, Lauro relembra quando o jogador do Coritiba, Krüger se machucou em um jogo contra o Água Verde e seu estado de saúde ficou crítico. Lauro não pensou duas vezes: mandou rezar uma missa em uma igreja da cidade, para ajudar na reabilitação do jogador coritibano.

Atualmente, Lauro acompanha sempre que possível os jogos do Atlético, principalmente pelo rádio, que, segundo ele, "é mais emocionante”. Dos grandes jogadores atleticanos nesses 80 anos de história, Lauro é fã de Caju, Jackson, Zanetti e Sicupira.

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