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Agostinho Bernardo da Veiga (1928)

Agostinho Bernardo da Veiga foi um dos fundadores do Atlético e o seu quinto presidente, no ano de 1928. Sob sua administração, o rubro-negro foi vice-campeão estadual em um campeonato atípico, disputado por apenas quatro clubes. O rubro-negro fez somente seis jogos e, talvez por isso, não tenha conseguido ritmo suficiente para entrosar o time e conquistar o título.

Agostinho da Veiga nasceu em Curitiba no início do século XX. Foi um dos primeiros moradores da cidade a jogar futebol. A casa da família Veiga ficava próxima da rua João Gualberto e era naquela região que ele começou a jogar futebol com uma bola trazida do Rio de Janeiro por Victor Ferreira do Amaral. Integrante de uma família muito rica, Agostinho era filho do mineiro Bernardo Augusto da Veiga e de Maria Dolores da Veiga. Seu pai era advogado, jornalista e empresário, explorador do ramo da erva-mate.

Dono do jornal Diário da Tarde, Bernardo da Veiga envolveu-se em uma briga política com o então presidente do Paraná, Vicente Machado, e acabou se mudando para a Europa com toda a família. Graças a isso, Agostinho da Veiga foi um dos privilegiados a assistir ao histórico vôo do 14 Bis de Santos Dumont em torno da Torre Eiffel, em Paris.

De volta ao Brasil, Agostinho se tornou grande amigo de Ivo Leão, jogador do Internacional e artilheiro do primeiro Campeonato Paranaense, em 1915. Ivo se casou com Maria Dolores e se tornou cunhado de Agostinho. Os dois foram fundadores do Atlético, em 1924.

Neste ano, já estabelecido como agrônomo, casou-se com Rosa Pimpão da Veiga, com quem não teve filhos, mas permaneceu casado por 62 anos. Em 1935, formou-se em Odontologia e passou a exercer também a profissão de dentista. Foi professor tanto de Odontologia quanto de Agronomia e um dos fundadores do Graciosa Country Club.

Agostinho da Veiga foi eleito presidente do Atlético em 1928, assumindo em substituição a Luiz Osmundo de Medeiros. Na sua gestão, o Atlético adquiriu definitivamente sua sede na Rua XV de Novembro. Nos primeiros quatro anos de existência, o clube utilizou uma sede alugada.

Mesmo depois de deixar a presidência, continuou acompanhando o Atlético e o futebol, suas paixões. Em 1934, foi um dos responsáveis pela primeira transmissão de rádio de uma partida de futebol no Paraná, ao lado de Aristarcho Silva. Um de seus maiores orgulhos foi o título de “imortal”, que lhe concedido pelo Conselho Deliberativo do Atlético em 1984.

Foi também presidente da Sociedade Thalia entre 1938 e 1943. No início de 1944, cedeu o salão de festas do clube para a realização da primeira edição do “show da vitória”, que comemorou o título paranaense de 1943.

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