Nivaldo

Nivaldo Carneiro chegou a Atlético em 1978 vindo do Grêmio Maringá. Após encantar o Estado com sus jogadas pelo Galo do Norte, brilhou com a camisa do Atlético, clube que defendeu durante 8 anos.

Engenheiro civil e comentarista esportivo, Nivaldo guarda grandes recordações de sua época como jogador e nunca vai esquecer do apoio que recebeu do então presidente Valmor Zimermann. Em 1985 Nivaldo estava se formando e precisou se afastar do clube. Valmor entendeu postura do atleta e bancou a permanência do meia no elenco, dando-lhe oportunidade de subir na vida e continuar a fazer o que mais gostava: jogar futebol.

Você chegou ao Atlético em 79, vindo do Grêmio de Maringá. Como foi a sua adaptação no clube que não passava por um bom momento, já que o Coritiba foi o grande campeão daquela década?
No começo foi muito difícil porque o Atlético perdeu um título em 78 que ninguém esperava. Eu e o Didi (recentemente falecido) fomos contratados e todo mundo esperava por grandes atuações já que tínhamos feito sucesso no interior. A gente despertou um interesse, uma atenção muito grande e os adversários já chegavam mais firmes numa dividida. No primeiro ano sofri um pouquinho, sim.

Nas décadas de 70, 80 e até mesmo antes disso os jogadores permaneciam muito tempo no mesmo time. O período que você passou no Atlético foi de muitas alegrias. Qual foi o melhor time do rubro-negro em que você atuou?
Eu fiquei 8 anos no Atlético. Em 81, quando eu estava mais adaptado, as coisas começaram a melhorar. A gente fez um bom campeonato, não conseguimos chegar ao título só que eu criei uma afinidade maior com a torcida. Em 82 foram realizadas várias contratações entre elas a do Washington e a do Assis e aí fechou o time. No ano seguinte fizemos uma bela campanha no Nacional e fomos bi-campeões do Estado. Mas pra mim, o time de 82 era melhor porque em 83 nós ficamos sem o Lino e o Assis tinha que jogar mais no meio.

Mesmo jogando você chegou a concluir o curso de Engenharia Civil, um fato bastante raro para a época. Como foi conciliar as duas coisas?
Eu passei no vestibular em Bauru. Cursei dois anos e fui jogar no Noroeste. Aí já fui começar a fazer um curso “pela metade”. Em seguida eu fui para Maringá e acabei trancando. Como tive o passe comprado, pude completar mais um ano na faculdade. Em 79 vim para Curitiba e larguei os estudos por mais dois anos. Através do Dr. Guilherme Braga consegui voltar para a sala de aula. Em 85 teve uma situação curiosa. Eu tive a chance de me formar só que para isso eu precisava das manhãs livres, sem treino. Eu fiz uma proposta para o Valmor Zimmerman ( presidente do Atlético na época): pedi para continuar no Atlético mesmo não recebendo nada no fim do mês. Eu seria apenas mais um no grupo. Fui surpreendido pela resposta: “conclua o seu curso. Mesmo assim o Atlético vai continuar a pagar o seu salário”. Aquilo foi fantástico.

O que o Atlético representou para você como jogador de futebol?
Em números representou 70% da minha carreira. Em termos de alegria, três títulos (82, 83, 85) e uma grande amizade e ótimos relacionamentos. Talvez hoje eu ainda esteja em Curitiba por causa do clube. Eu joguei um tempinho no Coritiba, mas a minha vida foi quase toda no Atlético.

Como é o seu relacionamento hoje com as pessoas do clube?
Depois que eu parei de jogar em nunca trabalhei no Atlético. De qualquer maneira eu tenho grandes amizades com os dirigentes, como o Presidente Fleury e o próprio Mário Celso Petraglia.

 

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