Nilson Borges

O eterno ponta-esquerda Nilson Borges é o funcionário que há mais tempo trabalha no Atlético. Ele está no clube desde 1968. São 36 anos dedicados ao time que o acolheu com carinho.

Dentro do Furacão, Nilson Borges fez de tudo um pouco: jogador, técnico e auxiliar. Nesta entrevista especial, o "Bocão" conta algumas passagens vividas dentro do rubro-negro. Ele não se esquece do Campeonato Paranaense de 1970 e lamenta a morte de Jofre Cabral e Silva.

Quando você veio de São Paulo para Curitiba já podia imaginar que iria ficar morando aqui por tanto tempo? Pensou que teria uma relação tão grande com o Atlético?
Não, sinceramente não. Quando eu vim para o Atlético, eu vim emprestado por seis meses e esperava voltar para o Corinthians. Mas daí a coisa aqui começou a andar bem, eu fui muito bem nesse ano e eles resolveram comprar meu passe. E aí eu fiquei e graças a Deus eu fiquei, porque me dei muito bem e gosto muito de Curitiba. Eu já virei um paranaense e, principalmente, um atleticano.

Você viveu em dois Atléticos bem distintos, o da época de jogador e agora o da época de auxiliar técnico. Como você analisa a evolução do clube?
As diferenças são muito grandes. Quando eu vim para cá, o Atlético estava em uma situação boa. Mas depois do falecimento do presidente Jofre Cabral, a coisa começou a desandar, muito prejuízo, muita coisa errada. Depois demorou muito para tudo voltar a melhorar. Só quando o Mario Celso Petraglia assumiu é que a coisa começou a melhorar. Nós tivemos também bons presidentes, como o Valmor Zimmerman, que teve uma boa época, mas a maioria dos anos de 70 e 80, a coisa foi difícil.

Qual foi a maior alegria que você teve no Atlético?
Foi o título de 1970. Foi um negócio espetacular. A decisão foi em Paranaguá e, naquele dia, eu vi o que era a torcida do Atlético. Tinha carro de Paranaguá até o centro de Curitiba, um atrás do outro. Todo mundo festejou, foi uma festa muito bonita. Isso é algo que eu guardo com muito carinho no meu coração.

Você lembra de alguma episódio marcante daquela comemoração?
Tem um até que foi gozado demais. Fizemos uma festa muito grande porque fomos campeões e entramos no ônibus. Todo mundo só de sunga porque a torcida tirou todo nosso uniforme, e botaram uma caixa de uísque dentro do ônibus. E aí o pessoal começou a tomar uísque sem gelo, sem nada e chegou todo mundo embalado em Curitiba (risos).

 

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