Lauro Rego Barros

Ex-Secretário de Educação e Cultura e ex-diretor da Penitenciária Central do Estado, Dr. Lauro Rego Barros, já aposentado, assumiu a presidência do Atlético em 1972, onde era vice de Rubens Passerino Moura. Segundo ele, Passerino era muito exaltado, sendo uma pessoa que sempre precisava de alguém perto nas entrevistas.

No comando atleticano, Lauro atravessou problemas na administração, principalmente em se tratando das dívidas, que eram cada vez maiores. Ele deixou o clube em 1973 e agora só acompanha as partidas pelo radinho, apesar de ter freqüentado algumas vezes a Arena da Baixada.

Como o senhor chegou ao Atlético?
Eu atuei no time médio do Atlético, atuando como ponta esquerda. Mas eu deveria ser tão mal que me colocaram no gol (risos). Como goleiro joguei um ano, depois me formei e parei de jogar futebol.

Como foi a história que aconteceu em 1939, quando o Caju se desentendeu com um dirigente atleticano e se afastou do time?
Caju foi o maior goleiro que se já ouviu falar na história do futebol paranaense. Eu queria muito jogar no Atlético, mas, com a presença do Caju, nunca que eu teria uma oportunidade. Foi então que tive convite do Coritiba, onde atuei por um ano. Depois desse período eu voltei para o Atlético. Sobre o Caju, ele teve um desentendimento com um dirigente e montou o Atlético Extra, que disputava a terceira divisão do campeonato paranaense, tendo como técnico o Alberto, irmão do Caju. Em 1940, eu parei de jogar futebol.

Em 1972 o time do Atlético era considerado muito bom. O que o senhor recorda do futebol daquela época? É muito diferente de como é hoje?
Era sim, naquele tempo tínhamos grandes jogadores, que eram daqui. Nós sempre nos dávamos muito bem com todos. Me lembro quando fomos jogar no Campeonato Brasileiro, em Recife e eu emprestei dois jogadores do Coritiba, o Hermes e o Hidalgo. Depois, aconteceu o fato do Krueguer. Teve um jogo do Coritiba contra o Água Verde e ele foi disputar uma bola com um jogador adversário. Sem querer, foi atingido no joelho e na região abdominal e ficou em sério estado de saúde. Pra você ver como naquele tempo as coisas eram diferentes, eu mandei rezar uma missa para a reabilitação dele, que, graças à Deus, se recuperou. Outro dia no Parque Barigüi eu o encontrei com sua família.

Hoje em dia o senhor vai aos jogos do Atlético?
Hoje não mais. Fui no ano da inauguração da Arena com meus filhos. Aquilo lá é uma maravilha, quem fez aquilo merece um prêmio. E nesse dia eu fiquei próxima a uma família com duas crianças. Sentei ali porque eu sabia que não haveria brigas. Quando começou o jogo os primeiros que gritaram palavrão foram eles! (risos)

Do que o senhor sente mais saudade no Atlético?
Dos grandes jogadores que tivemos naquela época, como o Sicupira, o Altevir e o Jackson.

 

Untitled Document

Fale conosco - Contribua - Créditos