Ivan Pereira

Por onde andaria Ivan Pereira? Essa foi a pergunta dos editores da Furacao.com a Lolô Cornelsen, no dia da entrevista com o ex-jogador de 43. Cornelsen avisou que Ivan estava mais perto do que nunca: "Ele vive na Boca Maldita. É só você irem lá e perguntarem por ele que todo mundo conhece". Dito e feito!

Quase na hora do almoço chegamos ao tradicional ponto de encontro curitibano. Perguntamos a um engraxate onde poderíamos encontrar Ivan Pereira, o Cachorro Louco do Atlético das décadas de 40 e 50. A resposta veio só após uma negociação: uma xícara de café.

E graças ao nosso amigo engraxate e ao Lolô Cornelsen entrevistamos o goleiro que fazia sucesso pelas defesas e pelo jeito bem humorado de viver.

O senhor começou a jogar futebol com quantos anos?
Comecei a jogar futebol no juvenil do Atlético, aí fui jogar no Savóia. Eu era atacante, e aí fui pro Atlético. Em 42, atuei no aspirante do Atlético e um professor disse que eu não levava jeito e me pôs no gol. Aí não saí mais.

O senhor foi goleiro do Atlético nas décadas de 40 e 50 e tinha um jeito muito bem humorado para jogar, tanto que lhe deram o apelido de Cachorro Louco. Qual foi a história mais engraçada que o senhor já viveu dentro do clube?
Tive muitas histórias engraçadas mas uma eu me lembro como se fosse hoje. Foi num jogo entre Atlético x Rio Branco, lá em Paranaguá. Eu não ia jogar. Aí me levaram daqui de Curitiba uma hora da tarde e cheguei na hora do jogo. Ia jogar o falecido Zimermann. Na primeira bola, eles fizeram o gol. Em seguida, o Salsamendi (árbitro) marcou um pênalti contra nós. Não tive dúvida. Assim que o jogador colocou a marca na bola da cal e o Salsamendi apitou, eu saí do gol e prensei a bola com o atacante. Tudo valeu!

O juiz era atleticano?
Ô se era! (risos) Ele era sério, um homem sério como a gente. O Salsamendi era sensacional.

Tem também uma história que um jogador chutou e a bola furou a rede...
Essa também é boa. O atacante entrou pela área, deu um sem pulo e furou a rede. E eu fui lá reclamei e disse que não valeu, que a bola não tinha entrado. Bati o tiro de meta e seguiu o jogo. (risos)

O senhor ainda vai ao estádio?
Vou a todos, não perco um. O Atlético representa muita coisa pra mim. Nunca vou abandoná-lo.

 

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