Marcus Coelho

Marcus Coelho foi o Presidente Campeão Brasileiro em 2001. Atualmente fora do Conselho Gestor do rubro-negro, Coelho é um freqüentador assíduo dos jogos do Atlético na Arena da Baixada.

Na entrevista ao especial 80 anos, o ex-dirigente afirma que o clube desgasta muito a pessoa e que é preciso ter jogo de cintura para poder resolver alguns problemas internos.

Advogado, Marcus Coelho também foi um grande colaborador nas questões jurídicas do Atlético.

Como foi passar de torcedor a dirigente do Atlético?
Eu fui convidado para ser conselheiro na década de 70. De lá para cá, estive sempre no Conselho, ajudando o clube. Depois, fui eleito vice-presidente do Conselho e daí não parei mais, até chegar a ser presidente do Conselho Gestor, em 2001. Ajudei também no departamento jurídico do clube.

Como foi a emoção de ser presidente do Atlético na maior conquista da história do clube, o Campeonato Brasileiro de 2001?
Foi uma emoção muito grande, que ainda não acabou. Poucos sabem, mas aquele ano de 2001 foi muito difícil para o Atlético. Começou com a CPI do Senado e da Câmara Federal e o Atlético era um dos clubes mais visados. Acho que o Atlético foi o clube mais investigado, mais auditado e se comprovou que estava tudo certo. E depois, é claro, fomos bicampeões paranaenses e campeões brasileiros.

Qual é a maior dificuldade de ser presidente do Atlético?
A política interna. Creio que o Atlético é um dos clubes mais sensíveis em termos de política interna, um dos que mais exigem e desgastam o dirigente. Mas é claro que esse é um problema de agora, não do passado. No passado, o Atlético teve dificuldades no seu cotidiano, até para pagar suas contas. Mas no período em que eu participei, a política interna foi a maior dificuldade.

Qual a melhor recordação que você guarda do Atlético?
Jamais vou esquecer a partida Atlético e São Caetano, a penúltima partida daquele Brasileiro de 2001, quando nós vencemos o primeiro jogo da final e a nossa torcida não ia embora. Nossa torcida continuava lá, vibrando e torcendo. Aquele momento foi tão ou mais emocionante que a final, na semana seguinte, lá em São Caetano, onde nós consolidamos a nossa conquista. Mas aquele momento foi inesquecível para mim. Um outro momento inesquecível para mim foi quando o Atlético foi punido pela CBF. O Atlético fez um movimento estrondoso, dentro e fora do Paraná, para ter aquela punição revertida e continuar disputando o Campeonato Brasileiro. Isso foi em 1997 e eu jamais foi esquecer daquela situação porque foram dias muito difíceis num primeiro momento e que depois se tornaram dias muito felizes. Aquele momento demonstrou a grandeza do Atlético, a grandeza das pessoas que fazem o Atlético. Muitas pessoas, ligadas ou não ao Atlético, paranaenses e políticos ajudaram o Atlético a ter aquela pena revertida. É claro que esse foi um momento de grandeza, mas não tão inesquecível quanto à conquista do título brasileiro.

 

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