Emoção na conquista do Brasil

por Marcos Isfer
Desputado estadual . O texto abaixo é inédito.

Aquela tarde de dezembro de 2001 prometia grandes emoções e o coração estava acelerado desde cedo, afinal, o Furacão faria sua primeira partida da final do Campeonato Brasileiro daquele ano contra o São Caetano, surpresa da competição e tão decantado e protegido pela mídia paulista, que ignorava o grande futebol jogado por Adriano, Alex Mineiro e Cia., apesar da nossa campanha sem retoques realizada sob o comando do técnico Geninho.

Eu já havia vivenciado muitas emoções em Atletibas decisivos no passado, em que nem sempre saímos vitoriosos, é verdade, mas aquela experiência era inédita, pois o título nacional era algo que buscávamos há tempos.

A bola entrou em jogo e logo vimos que não seria fácil dobrar aquele time azul. Por duas vezes o jogo ficou empatado, e sofremos muito com isso, afinal saberíamos que a segunda partida, a ser disputada no ABC paulista não seria nada fácil.

O sofrimento, no entanto, valeu a pena, pois em uma tarde inspirada, o atacante Alex Mineiro marcou três gols e nos deixou a certeza de que o maior passo rumo ao título havia sido dado.

Em sua história o rubro-negro sempre montou boas equipes, com jogadores que marcaram época, a começar pelo inesquecível goleiro Alfredo Gottardi, o Caju, que defendeu nossas cores por 17 anos e chegou à seleção brasileira em 1942; e seu filho, o zagueiro Alfredo Gottardi Júnior; o lateral Djalma Santos, Sicupira, Nilson Borges, o grande meio-campo Nivaldo Carneiro e as duplas Assis e Washington e Oséas e Paulo Rink e tantos outros que vestiram a camisa rubro-negra com amor, conforme anuncia nosso hino.

Mesmo com essa galeria de craques, não podemos deixar de exaltar aquela equipe, que foi ao ABC e voltou para Curitiba com a taça de campeão brasileiro.

Bordamos uma estrela amarela acima do escudo, e por causa disso, aquela tarde inspirada de nossos jovens astros valeu um pouco da nossa história.


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