Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

A base é boa

26/08/2009


Essa afirmação me irritou durante grande parte do primeiro semestre deste ano. A base é boa? Que base? A que ficou entre as últimas colocações do Brasileiro ano passado, escapando da degola somente na última rodada numa conjunção de fatores tanto extra como dentro de campo? A base que vem mais ou menos desde 2007 sendo eliminada em casa por exóticos times pela Copa do Brasil? Ou a base que ganhou o Paranaense a fórceps e que sofreu para vencer equipes semi amadoras do interior do Paraná?

Uma ampla e por enquanto bem sucedida reformulação, ainda que tardia foi feita no elenco atleticano. E mesclando a vinda de experientes jogadores que tenham caráter e vergonha na cara, além de espírito de entrega e disposição, fomos colocando pouco a pouco alguns jovens valores para jogar. Veja que já tivemos este ano Neto, Carlão, Manoel e Rhodolfo; Raul, Renan Foguinho, Fransergio, Chico e Alex Sandro; Patrick e Gabriel Pimba. Pode não ser uma máquina e tanto Rhodolfo e Chico já tem alguma experiência no time de cima, mas são todos jogadores formados em casa. Temos ainda Wallyson, garoto formado no ABC, mas que chegou bastante jovem e com muita coisa para aprender por aqui ainda.

E é assim, comandados pelo mais que experiente Antonio Lopes que vamos escapando das últimas posições e apresentando um futebol de gente grande. Longe do ideal ainda? Com certeza, mas indo no caminho certo.

Não há mágica e tampouco fórmula secreta para o sucesso de um time de futebol. Mas uma certa lógica existe sim. Apostar em meia dúzia de jogadores dos tais “parceiros”, colocá-los sob o comando de treinadores pra lá de esquisitos não tinha muito como dar certo. Mas sempre que pegamos jovens valores, demos tempo e tivemos paciência com eles e disponibilizamos ao seu lado jogadores rodados e de boa índole, deu samba pelos lados da Baixada.

Xaropinho, o menino tímido vindo do PSTC teria sido o Kléberson do Penta se não tivesse ao lado na sua formação os experientes Sandoval e Axel? Jadson e Fernandinho teriam feito parte da mais promissora safra do CT do Caju se não estivessem ao lado de Marinho, Fabiano e com Washington ali na frente? Alguém duvida do crescimento que garotos com muito potencial como Raul, Patrick e Gabriel terão sendo escudados por Paulo Baier e Alex Mineiro? Falta somente Wallysson, jogador que demonstra tanto capacidades fora de série como uma cabeça avoada, fora do jogo e muito xiliquento se concentrar mais e fazer aquilo que esperamos e confiamos poder fazer.

Este operário e trabalhador time atleticano pode sim almejar vôos mais altos no Brasileirão. A confiança, segurança e proteção que a comissão técnica dá aos jovens é outro ponto que vale destacar, assim como a garra que os meninos da base costumam mostrar em campo, defendendo com afinco a camisa rubro-negra. Essa base sim é que é boa!

CULPA DA CERVEJA

A quilômetros de distância dos estádios que promoviam jogos ontem a noite, torcedores se degladiaram e causaram transtornos na cidade. Assim como ocorreu dias atrás em Belo Horizonte em dia de clássico.

E a culpa, segundo a CBF e o Ministério Público é do pacato torcedor que paga ingresso, compra camisa do time e simplesmente quer se divertir e tomar uma cerveja enquanto aprecia seu clube em campo.

Mais um caso clássico em que quando se pega a mulher na sala com outro homem se vende o sofá para ver se resolve o problema.

ARREMATE

“Se eu soubesse que ia ser tão engraçado, queria que comemorassem o centenário todo ano” - Dr. André Silvestre


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