LUPÉRCIO
Lupércio Faria – meia-direita
Foi um dos grandes craques do time na década de 40. Contratado do futebol paulista, onde defendia o Ypiranga, formou o ataque do time campeão paranaense de 1943. Inspirou o jovem Jackson, então em começo de carreira.
MARRECÃO
José Gonçalves Júnior - zagueiro
Ao lado de seu irmão, Marreco, e de Joaquim Narciso de Azevedo, José Gonçalves Júnior foi um dos principais responsáveis pela fusão de América e Internacional, em 1924. Líder natural dentro de campo, era jogador e uma das vozes mais influentes do América. Mas, a partir do dia 26 de março de 1924, quando surgiu oficialmente o Clube Atlético Paranaense, Marrecão tornou-se, além de jogador, num dos maiores torcedores do novo clube. Vestiu a camisa atleticana por quatro anos, de 1924 a 1927. Capitão do time Campeão Paranaense de 1925, ele foi considerado mestre e profeta da ideologia “atleticanista” que começava a tomar conta de Curitiba. Antes mesmo do Atlético consolidar a fama de “Time da Raça”, Marrecão já usava da força e do amor à camisa rubro-negra um poderosa arma para vencer os adversários.
MARRECO
Leônidas Gonçalves – meia-direita
Vestiu a camisa atleticana por dez anos. Autor de 112 gols pelo Atlético, divide com Cireno o posto de quarto maior artilheiro da história do clube. Baixo e entroncado, andava e corria balançando o corpo da cintura para cima, numa espécie de ginga. Valente, lutador e falador, sua principal característica era gritar em campo. Oportunista, não perdia uma boa chance de gol. Era vibrante a ponto de contagiar os demais companheiros. Chutava em qualquer posição que recebesse a bola, chute violento, quase sempre à meia-altura. Identificou-se com torcida e com o clube, sendo um dos primeiros torcedores fanáticos do rubro-negro da Baixada. Jogou no Atlético de 1924 a 1934, participando de todos os principais feitos do clube em sua primeira década de existência. Foi quatro vezes Campeão Paranaense pelo clube: em 1924, 1929, 1930 e 1934. Antes de jogar pelo Atlético, defendia as cores do América.
NEM
Rinaldo Francisco de Lima – zagueiro (Recife, PE, 19.01.1973)
Jogou pelo Atlético por apenas um ano e meio, mas deixou seu nome gravado na história do clube em razão da conquista do título brasileiro de 2001. Antes disso, havia conquistado o Campeonato Paranaense, suplantando o Paraná Clube, seu ex-time, na final. Foi capitão da equipe no Brasileiro e suas melhores qualidades foram a raça e a boa cobertura da defesa. Na comemoração do título, na Arena da Baixada, levou os torcedores ao delírio ao cantar o famoso grito inspirado em uma música da banda Pink Floyd. Jogou também no São Paulo, Atlético Mineiro e Sporting Braga, dentre outros.
NENO
Florisval Lanzoni – centroavante
Jogou boa parte de sua carreira no Coritiba, clube pelo qual foi artilheiro dos Campeonatos Paranaenses de 1941, 1942 e 1943 e onde rivalizou com o goleiro Caju nos Atletibas. Em plena II Guerra Mundial, foi convocado para servir à Força Expedicionária Brasileira. Depois, jogou pelo Palestra Itália, de São Paulo e, de retorno a Curitiba, optou por defender o rubro-negro. Isso aconteceu precisamente em 1949, quando foi o centroavante titular e artilheiro do Furacão, formando o famoso ataque ao lado de Viana, Rui, Jackson e Cireno. Marcou 18 gols em 11 jogos do Campeonato Paranaense.
PERES
José Peres – lateral-direita (Arapoti, PR, 07.02.1922)
Um dos doutores em futebol, do Furacão de 49. Chegando ao Atlético em 36, o jogador estava fazendo o que gostava, onde gostava e com as cores que gostava. Parou de jogar no rubro-negro dez anos depois quando perdeu a posição para Belfare. Com o Atlético, foi tricampeão estadual, em 43, 45 e 49. Pendurou as chuteiras aos 34 anos e até hoje acompanha as partidas do time.
RAFAEL
Rafael Cammarota – goleiro (São Paulo, SP, 07.01.1954)
Chegou ao Atlético em 1982, depois de passagens pelo Corinthians e Ponte Preta. Foi um dos jogadores mais polêmicos do futebol paranaense, envolvido em confusões e protagonista de grandes atuações. Disputou com Roberto Costa, um dos maiores goleiros de toda a história atleticana, razão pela qual não teve tanto espaço para se firmar. Foi campeão brasileiro pelo Coritiba e apontado com o principal responsável pelo título. Depois, voltou a jogar no Atlético no final dos anos 80 e jogou em times de todo o Brasil, desde Ceará e Sport até Santo André e Brasil de Pelotas.
ROBERTO CAVALO
Roberto Fernando Schneiger – volante (Carazinho, RS, 13.04.1963)
Apesar de gaúcho, Roberto começou a carreira nas categorias de base do Atlético. Dono de um forte chute de pé direito, logo recebeu o apelido de Roberto Cavalo e foi assim que se tornou conhecido no futebol brasileiro. Foi emprestado ao Marcílio Dias em 1984 e voltou ao Atlético, mas se destacou mesmo na conquista do título paranaense de 1988. Marcou-se especialmente pelos chutes de fora da área. Depois, passou ainda com sucesso pelo Criciúma, Vitória e Botafogo.
ROGÉRIO CORRÊA
Rogério Corrêa de Oliveira – zagueiro (Goiânia, GO, 03.01.1979)
Foi contratado para a disputa do Campeonato Brasileiro em 2001. Logo que chegou, assumiu a posição de titular e formou a célebre zaga ao lado de Gustavo e Nem. Zagueiro rápido, poucas vezes perdeu uma disputa em razão de sua veloz recuperação. Conquistou também o Campeonato Paranaense de 2002 e permanece no clube até hoje, como titular.
RUI
Rui Gottardi – meia-direita
Filho de Alberto e sobrinho de Caju, Rui era um atleticano de berço. Porém, firmou-se no clube graças ao seu próprio futebol. Foi por seus próprios méritos que conquistou uma vaga de titular no famoso ataque do Furacão de 1949, encantando gerações e deixando seu nome gravado na história atleticana.
SANO
Feliciano de Araújo – meia
Foi um dos grandes jogadores da história do Atlético e o maior ídolo da década de 50, que não foi boa em termos de títulos. Começou sua carreira no Grêmio, mas foi no Atlético que se destacou. Foi o principal craque do título paranaense de 1958.
SOUZA
José Ivanaldo de Souza – meia (Açu, RN, 06.01.1975)
A história de Souza no Atlético durou apenas 6 meses, tempo suficiente para transformá-lo num dos principais astros da principal conquista em 80 anos da história do clube, o Brasileiro de 2001. Foi contratado do São Paulo em 2001. Com a camisa rubro-negra, redescobriu o bom futebol, destacando-se principalmente nas cobranças de falta e nas assistências aos atacantes Kléber e Alex Mineiro. Participou decisivamente do primeiro jogo da final do Brasileirão 2001, contra o São Caetano. Foi dele o toque de letra para Alex Mineiro marcar o terceiro gol atleticano no jogo.
TOCAFUNDO
Pedro Tocafundo
Nasceu em Minas Gerais, mas fez sucesso com a camisa do Ferroviário. Foi contratado pelo Atlético em 1958 e foi um dos principais responsáveis pelo título paranaense daquele ano, encerrando um jejum de nove anos.
VIANA
Moacyr Ubirajara Viana – ponta-direita
Foi um dos grandes jogadores a fazer parte do famoso Furacão, formando a famosa linha de frente. Encerrou sua carreira em 1951, mas continuou a carreira de torcedor. Jogou por mais de doze anos no Atlético, sempre se dedicando ao rubro-negro. Em 1944, esteve na Itália, combatendo pelo Brasil na II Guerra Mundial.
WALDOMIRO
Waldomiro Lopes da Silva - zagueiro
Começou no Vasco da Gama e veio para o Atlético consagrar-se como ‘doutor em futebol’ no Furacão de 49. Após deixar o futebol profissional, Waldomiro Galalau, como era conhecido, voltou para a jogar na suburbana. Até hoje, muitos o consideram um dos melhores zagueiros da história do Atlético. Waldomiro sempre esteve presente nas seleções de veteranos, formadas nas décadas de 60 e 70.
WARLEY
Warley – atacante (Sobradinho, DF, 13.02.1978)
Em 1997, teve uma passagem relâmpago no time de juniores do Coritiba, destacando-se como um promissor atacante. Ao disputar um clássico Atletiba, chamou atenção dos dirigentes atleticanos e sua carreira tomou outro rumo. Contratado pelo Atlético, não demorou para mostrar seu potencial. Com um futebol rápido e muita habilidade, foi um dos destaques do título paranaense de 1998. Apesar de atuar apenas um ano com a camisa atleticana, Warley foi peça fundamental na concretização do maior sonho dos atleticanos: a construção da Baixada. Com o dinheiro obtido na sua venda para a Udinese, o clube pôde investir nos acabamentos do estádio.