Nivaldo, patrimônio do clube

por Patricia Bahr

Quando ele chegou no Atlético, em 1979, tinha um único objetivo: fazer uma boa temporada pelo clube e ser vendido para qualquer outro time. Eram tempos difíceis, época em que o Atlético se desfazia de suas principais estrelas para fazer caixa.

Mas a história de Nivaldo no Atlético fugiu à regra. Entre 79 e 84, mais de cem jogadores passaram pela Baixada. A maioria caiu no esquecimento da torcida e outros poucos se consagraram em outras equipes, como a dupla Washington e Assis. E desses mais de cem atletas atleticanos do período, o único que conseguiu continuar no clube foi Nivaldo. O segredo para a permanência num futebol com tamanha rotatividade foi o trabalho sério e, principalmente, a identificação com as cores rubro-negras.

Certa vez, declarou: "Sabe, nem me sinto mais o Nivaldo Carneiro Rodrigues, nome com o qual fui registrado. Eu virei o Nivaldo do Atlético". E a relação de amor com a torcida era tamanha que Neguinho, um garoto que na época tinha 13 anos, comparecia a todos os treinamentos do time, só para bater um papo com seu ídolo e, às vezes, receber uns trocados.


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