Nome:

 

Joaquim Américo Guimarães.

  Quem foi:   Fundador do International, clube que fez fusão com o América para originar o Atlético Paranaense.
  Resumo:  
Grande administrador, Joaquim Américo conseguiu, em pouco tempo, transformar o Internacional num dos principais clubes do Estado. Com um plantel recheado, foi possível montar seis times. De 1912 a 1915, quando ainda não existiam competições oficias no Paraná, o clube promovia festivais contra as equipes reservas, destacando-se o América e o Americano. A equipe principal também disputava amistosos com Paraná e Curityba, conquistando muitos troféus.
       
       
       

Arena, Caldeirão, Baixada. Apelidos não faltam ao estádio do Clube Atlético Paranaense. Oficialmente, porém, chama-se Estádio Joaquim Américo Guimarães, numa homenagem ao idealizador da primeira praça esportiva do Paraná e fundador do Internacional Foot-Ball Club, que, anos depois, daria origem ao Clube Atlético Paranaense.

Apaixonado por esportes, Joaquim Américo Guimarães foi uma das figuras mais respeitadas do cenário esportivo paranaense no início do século passado. Desde cedo teve uma identificação com o turfe, sendo presidente do Jockey Club do Paraná. Em 1912, decidiu fundar o Internacional Foot-Ball Club, um dos primeiros clubes de futebol de Curitiba.

Joaquim Américo Guimarães nasceu em Paranaguá a 4 de novembro de 1879. Filho do Major Claro Américo Guimarães e de Pórcia de Abreu Guimarães, era neto do Visconde de Nácar. De família tradicional, era usineiro, ligado ao mate, destaque na economia do Estado na época. Estudou em Curitiba, no Rio de Janeiro, em Montevidéu e em Buenos Aires.

Grande desportista e com idéias ousadas para a época, Joaquim Américo decidiu, em 22 de maio de 1912, fundar um novo clube de futebol em Curitiba. Naquele dia, na sede do Jockey Club, na Praça Zacarias, nascia o Internacional Foot-Ball Club. O nome significava uma negação aos times de colônia, predominantes na cidade na época. Na mesma data, alugou por um período de dez anos da família Hauer a chácara no Baixadão do Água Verde, disposto a construir no local o primeiro estádio de futebol do Paraná. Dois anos depois, decidiu construir as primeiras arquibancadas no campo, para garantir maior conforto aos presentes.

Joaquim Américo foi vereador de Curitiba e um grande amante dos esportes. Além do hipismo e do futebol, dedicou-se também ao beisebol, ao basquete e ao críquete.

Grande administrador, Joaquim Américo conseguiu, em pouco tempo, transformar o Internacional num dos principais clubes do Estado. Com um plantel recheado, foi possível montar seis times. De 1912 a 1915, quando ainda não existiam competições oficias no Paraná, o clube promovia festivais contra as equipes reservas, destacando-se o América e o Americano. A equipe principal também disputava amistosos com Paraná e Curityba, conquistando muitos troféus.

Em 1914, descontentes com a condição de time reserva, os componentes do América decidiram se desvincular do Internacional, fundando o América Foot Ball Club. As duas agremiações seguiram caminhos separados até 1924, transformando-se em dois dos mais tradicionais clubes de Curitiba. Em 1915, nenhum clube conseguiu fazer frente ao Internacional, campeão invicto, com belas atuações de Ivo Leão. Já em 1917 foi a vez dos americanos ficarem com a taça.

No dia 30 de agosto de 1917, Joaquim Américo Guimarães morreu, prematuramente. Não teve tempo de intermediar as negociações para a união de forças entre americanos e internacionalistas, que em 1924 decidiram fundar o Clube Atlético Paranaense.

Depois de muitas ameaças de perder a casa, em 1933 o Atlético se tornou, definitivamente, proprietário do terreno no Água Verde. Um ano depois, a praça esportiva, que até então era chamada apenas de “Campo da Buenos Aires” ou “Baixada do Água Verde”, ganhou o nome de “Estádio Joaquim Américo Guimarães”, numa homenagem ao seu idealizador.

O legado de Joaquim Américo foi deixado para os filhos (Claro Américo, Iva, Murat, Remy, Hebe, Junot e Ney) e netos. Até hoje a família Guimarães tem forte ligação com o Atlético.

Hoje, a Arena nada lembra o primeiro estádio construído por Joaquim Américo. Porém, apesar de toda infra-estrutura e conforto que dispensa ao torcedor, mantém características idealizadas por seu criador: é a casa do principal clube do Estado e o templo sagrado dos apaixonados torcedores atleticanos.